domingo, 9 de maio de 2010

Quem sou eu?!

Sou muitas em uma.
Sensível até demais.
Mesmo parecendo bruta.
Me escondo sob uma capa de fortaleza.
Mas não é nada disso.
É só defesa e nem sempre dá certo.
Sofro do mesmo jeito.
Quebro a cara.
Me iludo e me fodo.
Romântica.
Sou só emoção.
Quase nada de razão.
Tenho coração bom.
Sou desconfiada.
Mas ainda acredito nas pessoas.
E às vezes confio demais - quando gosto.
Gosto muito de ficar só, mas muitas vezes me sinto só e não gosto.
Gosto de observar.
Sou impulsiva.
Penso que quero, mas na verdade nem quero.
Inconstante.
Intensa.
Ansiosa.
Zangada.
Espero demais dos outros.
Já falei e fiz muita merda.
Já me culpei demais.
Não me perdoei.
Sou família, mas à minha maneira.
Defendo com unhas e dentes quem eu gosto.
Sonhadora.
Preguiçosa.
Tenho traumas não resolvidos, sentimentos reprimidos e necessidades (?) não atendidas.
Luto contra isso.
Quero ser uma pessoa melhor - pra mim e pros outros.
Sou carente.
Tenho dificuldade em demonstrar o que sinto.
E é preciso me conhecer pra entender meus sinais.
Sou medrosa.
Chorona.
Choro ao ver alguém chorando.
Me emociono com facilidade.
Acho que sempre vai ter mais gente para te jogar pedras do que pra te aplaudir.
Infelizmente me preocupo muito com a opinião do outro.
Já sofri demais e nem aprendi muita coisa.
Acabei cometendo de novo os mesmos erros.
Mas o importante é que "emoções eu vivi".
Mas não voltaria de novo. Só se fosse para fazer diferente. Foi duro demais.
Eu gosto de cuidar porque gosto de ser cuidada.
Sou leal.
Tenho amigas de infância.
Sou melancólica.
Eufórica.
Penso demais na vida e no passado.
Me esqueço do hoje e do amanhã.
É um defeito grave.
Analiso demais - até para ver onde estou pisando - e esqueço de viver.
Digo não quando queria dizer sim.
Adoro uma festa.
O que me conquista não é a aparência, mas o que vem de dentro - mesmo que eu me engane depois.
Eu já perdi muito tempo na vida - com pessoas e me arrependo por isso.
Amo sorrir.
O que eu quero da vida?
Ser feliz cada dia mais.
E ser feliz não é não ter problemas, mas superá-los.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A busca

O mundo não é aquilo que se vê.
É aquilo que é.
Mas como ver aquilo que é enquanto eu penso ver como realmente é?
Confuso?
Confuso é o homem que divaga por muitos assuntos, ideias e teorias para tentar descobrir uma razão, um sentido, um propósito.
Ele pensa, faz, repensa, refaz, desfaz, muda a linha de pensamento.
Acha que está próximo de descobrir o que procura.
Em outro momento, acha que nunca vai achar a resposta.
Baseia algumas coisas da vida como o norte.
Coisas materiais.
Questões de ter e não de ser.
Esquece - ou não lembra? - do básico.
Do alfa.
E também do ômega.
Ele erra porque procura muito longe.
Vai distante nessa busca.
Não sabe ele que a resposta está mais perto do que possa crer e imaginar.
A resposta já foi dada.
Olha pra cima.
Da cabeça e também do texto.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Para o ano que vem

Para o ano que vem, eu quero...
Esperança em dias melhores.
Amor bem gordo.
Paz interior.
Bastante amor próprio.
Sentir saudade para depois matá-la.
Viajar para depois voltar para casa.
Sentir o vento no rosto.
Rir de chorar e
Chorar de rir.
Chorar de emoção.
Rir de mim mesma.
Música lenta.
E também música agitada.
Amigos que segurem nas minhas mãos.
Ser surpreendida positivamente.
Beijo na bochecha.
Cheiro no pescoço.
Andar de mãos dadas.
Livros que me façam chorar.
Filmes que me façam rir e que me emocionem.
Comprar roupas novas.
Receber muitos torpedos de quem eu gosto.
Muitas horas perdidas (?) na internet.
Ver boa TV.
Dormir de madrugada.
E clichê:
continuar sendo feliz!

Defeitos

Íntegro vem de totalidade e integralidade.
É também ser inteiro e completo.
É quem se conserva puro e sem malícia.
Nem isso nem aquilo.
Pureza é bom, mas ter malícia também é fundamental.
Egoísta é aquele que ainda não aprendeu a se preocupar com o outro.
É quem acha que o mundo não vai além do seu próprio umbigo.
É quem não compreendeu que quanto mais se doa, mais se recebe.
Porque quanto mais eu me preocupo com outro e me dou ao outro, mais percebe-se que, pelo menos, no momento, meus problemas estão sob controle.
O egoísta está sempre tão cheio de problemas que ele nem consegue ajudar ao outro.
Mas ele tem problemas por que é egoísta ou é egoísta por que tem problemas? Rs.
Francamente falando, definir-se é muito difícil.
Falar das próprias qualidades então? Nem se fala.
Mas fácil, muito fácil é apontar-se os defeitos.
O que eu sou? Como sou?
Se eu digo que sou boa, quero dizer que sou boa predominantemente, ou seja, na maior parte do tempo, já que não há totalidade em ser uma coisa só.
Ninguém é sempre de um jeito.
Tudo está condicionado ao tempo e às circunstâncias.
Não importa o que se seja.
O que importa é ser o que se tem vontade e ainda mais importante:
Mudar quando se quer mudar.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Cinza

Amanheceu assim.
Vontade de ficar a ver o tempo passar.
De ouvir música em ritmo lento e pensar na vida.
Músicas faladas e não cantadas.
Melhor.
Recordar o passado.
Re-lembrar.
E até chorar.
Chorar pelo que se fez.
Pelo que deixou de fazer.
Mais pelo que fez.
Como já ouviu uma vez:
Algumas pessoas destróem o que elas próprias constróem.
Será sempre assim?
Será que vai conseguir se perdoar?
Ouviu que era muito dura consigo mesma.
Exigente.
Cheia de cobranças.
Censuras.
Julgamentos.
É difícil se perdoar.
Aceitar.
E continuar a viver sabendo que nem sempre terá feito o seu melhor.
Mas nem por isso desistir de si.
A auto aceitação é fruto de amadurecimento pessoal.
E ela ainda é muito menininha.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Ela só deixou de lembrar

Ela só deixou de lembrar
Não pensa mais todos os dias
Não é mais como antes
Mas ainda não esqueceu
Ela ainda acha que pode encontrar em qualquer lugar
E se põe a imaginar o que ele sentirá
Ela torce para que o encontro mexa com ele como certamente mexeria com ela
Que passe horas a fio pensando em cada detalhe do encontro como ela certamente faria
Que recapitule cada momento do reencontro
Não diferente de como ela agiria
Queria ela que ele sentisse algo
Que sentisse as tais borboletas no estômago
Não queria ela que ele confirmasse com o encontro que fora uma decisão mais que acertada
O rompimento
Queria ela que continuasse sendo uma decisão permeada pela razão
Decisão essa que não tivesse nenhuma participação da emoção
E tais decisões em que não é consultado o coração
Não significam que não valeram a pena
Mas apenas que a emoção perdeu para a razão.

sábado, 23 de maio de 2009

Espelho

Eu odeio aquilo lá em você.
Eu odeio a sua fraqueza.
O seu jeito de ser.
O seu medo da vida.
Me incomoda.
Inquieta.
Mas eu não odeio aquilo lá em você.
Esse aqui não é menos que aquele lá.
Mas é que esse (traço) aqui eu não tenho.
Mas tenho aquele lá.
Me incomoda no outro o que tenho em mim.
E que não suporto ter.
Mas não consigo admitir.
Nem mesmo mudar.
Então é mais fácil apontar aí do que em mim.
É assim que eu me projeto em ti.